A arte do Cariri

Sabe quando um artista lhe encanta pelo traço, cores, temática…? O efeito da obra do grande Gilberto Pereira, que leva o Cariri na alma, sobre mim foi de apaixonamento!

Conhecê-lo foi encontrar a coerência entre a delicadeza da alma e da obra, entre as cores estampadas e a alegria de viver, enfim, entre a temática popular e a simplicidade buscada para a própria existência.

quadros e xilogravura

É uma alegria ver o artista se expandindo em novos desafios técnicos e amadurecendo entre os pincéis que são o seu instrumento de tocar, sentir e transformar o mundo com a sua arte plástica e poética.

Seja bem-vindo ao canal dos coletores das pérolas populares que é o que somos, e às nossas paredes, que ganham graça, vida e valor pela sua presença já amiga entre nós!

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O artista baiano nasceu em Jussara, cidade do semiárido cujo nome homenageia o ex-presidente da República Juscelino Kubitscheck e Sara, mulher do político. Quando Gilberto tinha um ano, seus pais decidiram retornar a Juazeiro do Norte, no Ceará. Outra mudança e novo retorno depois, ele começou a despertar para a arte em 1994.

Foi o artista plástico Petrônio Alencar quem indicou o curso do mentor Massaki (Luís) Karamai para o colega baiano aperfeiçoar a técnica. Foram dois anos com o mestre.

Com o pernambucano Nilo, Gilberto aprendeu xilogravura e produziu cinco álbuns. O amor pela arte, o fez participar das oficinas com José Lourenço, J. Borges e o polonês Maciej Babinski, que mora em Várzea Alegre (CE).

A arte de Gilberto Pereira, caracterizada pela temática popular (reisados, bandas cabaçais*, religiosidade), objetiva a valorização da arte do Cariri, segunda maior região metropolitana do Ceará.

–*–

(*) Banda cabaçal ou banda de couro é o nome dado ao conjunto musical típico do interior
cearense, especialmente da região do Cariri. Fruto de influências negras e indígenas, as bandas eram compostas por quatro músicos, que tocavam zabumba, caixa e pífanos. Atualmente, no entanto, é comum a presença de mais um componente que utiliza os pratos. A designação cabaçal é explicada pela semelhança com o som produzido pelo choque de cabaças secas.

Nasceu e cresceu numa típica família brasileira. Potiguar, morando na Bahia há vinte anos, é médica de formação e pesquisadora da cultura popular. Nos últimos 10 anos abandonou a sua especialidade em cardiologia e ultrassonografia vascular para atuar como médica da família na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde passou a recolher histórias e saberes. Nessa jornada publicou cinco livros.”. No final de 2015 passou temporada no Amazonas recolhendo saberes indígenas.

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