Desde a Idade Média, os manuais de bem morrer compilam tradições e superstições de todos os tempos.
Ai de quem morresse “de repente”!
Desde a Idade Média, os manuais de bem morrer compilam tradições e superstições de todos os tempos.
Ai de quem morresse “de repente”!
Olhos esverdeados e boa visão, os sapos, por terem apetite voraz foram criados em algumas regiões do mundo para dar conta dos insetos, pois, para maior eficiência, possuem línguas compridas alcançando as suas pequenas presas a longa distância.
“O Caipora existe sim. É o rei dos bichos como um cachorrão de pêlos tão grandes que descem da barriga ao chão. No rosto tem feição de gente.” Assim começa a sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo, Aluísio de Almeida, em 15 de junho de 1945.
A culpa nos colocou na terra e nos fechou as portas do paraiso. A vida eterna é certeza dos cristão que partem deste mundo em conciliação com Deus, quite com a sua história.
Mas há o purgatório! Esta grande “invenção” medieval que nos coloca em compasso de espera a arder em fogo e pagar por erros ainda passíveis de perdão e que abriga almas desconsoladas capazes de salvação.
No dizer da nossa amiga, ainda se pode cumprir na terra o que ficou a dever, sem se livrar do fogo que castiga.
Na narrativa de Dona Zifa a doutrina é recheada de fantasias e espantos, uma “exempla” a querer ensinar que “aqui se faz e aqui se paga”, mesmo depois de morto.
De Caldas do Jorro, município de Tucano, em visitas cheias de assuntos em sua varanda, Dona Zifa conta histórias incríveis com seu falar de mulher experiente, sabida das coisas. Vejamos o que nos revelou a amiga do sertao baiano, a ensinar para o mundo os pesares de um cidadão que enganou uma moça e teve que pagar mesmo depois de morto em trânsito curioso entre a terra e o purgatório.
Não é de hoje que lugares recebem o nome de um acontecimento, aspecto geográfico ou pessoa que tiveram uma história marcante na região.
Uma das grandes alegrias que este programa me deu foi poder trazer para o canal um rezador jovem de apenas 26 anos, pernambucano do Município de Dormentes que dá continuidade às tradições a ele passadas pelo seu padrinho, João, rezador afamado, que desde a sua infância notou-lhe a vocação ao serviço do outro e o ensinou a promover curas pelo poder de benzimentos.
Dia 13 de junho é consagrado a Antônio, um dos santos juninos. No entanto, ele é invocado todos os dias pelo sertão afora. Apesar de ter ganho fama como santo militar, que ganhou patentes e até titulo de vereador em estados brasileiros, Antônio é mais conhecido como casamenteiro, poder antes atribuído a São João e a São Gonçalo, conforme nos conta a médica e pesquisadora de cultura popular Helenita Monte de Hollanda. Os fiéis também costumam a recorrer ao santo para encontrar coisas perdidas, fazer chover durante a seca e proteger viajantes. Conheça mais um pouco sobre Antônio, cuja devoção começou no século XIII (13).
Em épocas difíceis, principalmente nas guerras e pandemias como a que estamos vivendo, o povo de Deus, simples e crente, em suas rezas canônica ou não, compõem um breviário próprio em que orações se entrelaçam sem perderem o sentido.
O Canal Cultura Popular Brasileira, parceiro de primeira hora de Meus Sertões, produziu o documentário “Pedro Santinho, um nome, um destino” para homenagear o famoso rezador de Olhos D’Água, no sertão baiano, que morreu em 2017.
Enfeitam, iluminam, afastam os maus e os males. Está presente no batismo e na morte, nos bolos de aniversários e nos altares, nos pedidos de graças e nas rezas de gratidão, na doação ritual em sacrifício e na proteção dos lares.