Considerado o maior centro de artesanato em barro da América do Sul, o povoado de Maragogipinho, situado no município de Aratuípe, às margens do Rio Jaguaripe, no Recôncavo Baiano, tem sua atividade econômica voltada para a olaria com fabrico de peças tanto para fim decorativo quanto utilitário – as ruas do lugarejo são tomadas por esses ateliês que se seguem lado a lado.
A irmandade
Grupo de mulheres negras mantém há mais de dois séculos a tradição de venerar Nossa Senhora da Boa Morte, em Cachoeira, cidade do recôncavo baiano. O culto iniciado no século XIX por ex-escravas e filhas de escravizados foi disseminado pelos portugueses, sofrendo muitas influências das religiões afro-brasileiras.
Bois vazados
Maria Eroneide Laurentino, a Nena de Capela, 44 anos, é artista de natureza versátil e criatividade rara. De uma criação em região de usinas e um viver adulto de dona de casa, a neta de antiga louceira começou a frequentar o atelier do cunhado João das Alagoas como ajudante e logo encontrou o gosto ancestral na lida com o barro. E floresceu!
As noivas de Tita
Maria Cicera da Silva Siqueira, a nossa Tita de Capela, antiga trabalhadora rural, é bem a flor do atelier do mestre João das Alagoas. A timidez que dificulta a entrevista é compensada pela visão das mãos ligeiras que nos permite uma apreciação plena da sua habilidade.
Anjos de barro
Arte miniatura
Dos contatos com os artistas do ateliê do Mestre João das Alagoas Cláudio Henrique foi o primeiro. Não o sabia quase menino, que mal saira das modelagens dos seus próprios brinquedos para auxiliar o mestre preparando barro para tirar dali o maravilhoso.
Jaqueiras de Sil
Maria Luciene da Silva Siqueira, a Sil, nasceu em 1979, em Cajueiro (AL). Filha de cortadores de cana, foi criada na zona rural e trabalhou em um canavial até os 20 anos, quando a usina local faliu.
João das Alagoas
Visitar, conhecer e conversar com o mestre João das Alagoas, no município de Capela, foi uma daquelas alegrias transformadoras que nos tomam poucas vezes.
Loucura genial
Japaratuba, ao contrário vizinha Rosário do Catete e muitas outras no caminho para Alagoas ou no sertão sergipano, não tem a estátua do padroeiro na entrada da cidade. Em vez disso, o município construiu em 2002, um monumento em homenagem a um louco genial: Arthur Bispo do Rosário.
Botija e riqueza
Vem dos meus começos recifenses as lembranças dos primeiros relatos sobre pessoas que receberam e arrancaram botijas – nenhum deles em primeira pessoa. Sempre casos contados por alguém que “ouviu falar em…”, “soube que…”. Já não é a primeira vez em que falamos sobre o tema. …Ler mais.