A concentração de artista escultores em Tracunhaém, Mata Norte pernambucana, é surpreendente. Nomes de expressões nacional e internacional ali tiveram berço de modo que o nosso canal em sua busca incansável pelo que de mais puro e original nasce ou remanesce em nossa Cultura não poderia deixar de explorar.
Belo Jardim
No segundo programa da terceira temporada da série “Artistas Populares do Nordeste”, o canal Cultura Popular Brasileira, em parceria com o site Meus Sertões, apresenta outras três artesãs do Sítio Rodrigues, em Belo Jardim (PE).
Barro da salvação
Maria do Carmo dos Santos, a Neguinha, 46 anos, aprendeu a trabalhar com barro com a mãe e a avó aos sete anos. Trabalhava com peças miudinhas para crianças brincar. Aos 10, começou a fazer panelas grandes. O artesanato, porém, não garantia a subsistência dela é da família. Isto porque recebia muito pouco pelas peças que produzia – R$ 40 o cento de panelas.
Reza de Ezilda
A baiana Dona Ezilda Bispo começou a rezar as pessoas para livrá-las de olhado, ou “olhado amofinado”, desde criança. Ela garante ser possível que uma pessoa invejosa deixe a outra doente, com dor de cabeça, corpo doíbo e sem vontade para fazer qualquer coisa.
Joias de escravas
Símbolos de poder e gesto de pura ostentação, as joias produzidas com elementos tipicamente afro-brasileiros e usadas por negras, escravizadas ou forras, marcaram, no Brasil, a ourivesaria e prataria nos séculos XVIII e XIX.
Cruz de Maria
Em viagens por rodovias e estradas ainda mal delineadas como simples picadas encontramos as marcas dos que se foram materializadas pelo amor dos que ficaram a chorar saudades e cultivar lembranças.
Catimbó – Final
Não é pouco complexa a iniciação do juremeiro.
Catimbó – Parte 1
Religião de matriz indígena com sua origem na pajelança de raiz Tupi, o culto a Jurema Sagrada ganhou elementos de doutrinas e ritos africanos e europeus numa mistura sincrética que caracteriza as manifestações dos credos brasileiros.
Emanuel santeiro
Com postura de mestre, humildade de vocacionado a arte e pendores ao livre pensar, Emanuel diz de si mesmo ser um eterno aprendiz.
Zé das baianas
Aos 60 anos de idade e quase 50 esculpindo peças no barro, o ceramista Taurino Silva, mais conhecido como Zé das Baianas, gosta de desafios. Convivendo com muitos artesãos em Maragogipinho, ele está procurando sempre criar coisas novas. Foi assim que nasceu sua peça mais famosa a “baiana com tabuleiro”, que hoje integra o acervo de arte popular brasileira do Museu do Folclore Edison Carneiro, instalado no Rio de Janeiro.