Fã de filmes clássicos em preto e branco, o padre Pier Antonio Miglio, recomenda entusiasticamente “Uma voz nas sombras” (“Lilies of the field” – 1963), que fez de Sidney Poitier o primeiro negro a ganhar o Oscar de melhor ator. Entusiasmado, ele resume a obra como um lindo filme “sobre esse negócio de padre e igreja”, apesar de ser centrado na história de freiras e de um trabalhador evangélico (Poitier) que ajuda as religiosas a construírem uma capela:
A luta para proteger Taquaril dos Fialhos
“Quando despersonalizamos o rio, a montanha. Quando tiramos deles os seus sentidos,
considerando que isso é atributo exclusivo dos humanos, nós liberamos esses lugares para que
se tornem resíduos da atividade industrial e extrativista. Do nosso divórcio das integrações
e interações com a nossa mãe, a Terra, resulta que ela está nos deixando órfãos.”
Ailton Krenak – líder indígena e escritor
Sambador luta para preservar o legado de Louro Preto
Erasmo Pereira da Silva, o Louro Preto, abriu as portas de sua popularidade usando a bola e o pandeiro. Bom de samba e futebol, sempre atraiu a curiosidade das crianças, que o viam como ídolo.
Bloqueio total contra a Covid-19
O Comitê Científico de Combate ao Coronavírus (C4NE), grupo de cientistas, médicos e profissionais da saúde que assessoram os governadores do estados do Nordeste no combate à Covid-19, divulgou novo boletim propondo a contratação de médicos intensivistas, a regulação de vagas em UTI (fila única nas redes pública e privada), o planejamento de lockdown (bloqueio total) e a intensificação da formação das brigadas de saúde, formadas por médicos diplomados em outros países.
A renda de bilro de Poço Redondo
“Olê, mulher rendeira
Olê, mulher rendá
A pequena vai no bolso, a maior vai no embornal
Se chora por mim não fica, só se eu não puder levar”
MULHER RENDEIRA
Letra original da música cuja
autoria é atribuída a Lampião
Vida de monge – Série: parte 2
Os sinos do Mosteiro de Jequitibá, em Mundo Novo (BA), começam a tocar às 5 horas, chamando para o Angelus (saudação e prece à Virgem Maria) e o ofício das Vigílias, que deve ser realizado antes do amanhecer. Na caatinga, porém, os pássaros despertam antes dos monges cistercienses e fazem algazarra com os primeiros raios de sol.
O mosteiro de Jequitibá – Série: parte 1
Quais foram os motivos que levaram monges cistercienses a deixar Schlierbach, na Áustria, e construir um mosteiro em um povoado do município de Mundo Novo (BA), localizado a 8.827 km de distância da cidade europeia? O que fez a Ordem mudar a estratégia de construção, que consistia no aproveitamento de terras em vales e áreas encharcadas, prática que a levou dominar a arte de irrigação, para erguer um monastério em um morro ?
O homem dos 400 casamentos
O juiz de paz Renato Costa Rebouças, 89 anos, guarda na memória e em anotações feitas em cadernos a história dos distritos de Paraguaçu e Argoim, em Rafael Jambeiro, onde trabalhou no único cartório da região de 1971 a 1993, realizando casamentos – cerca de 400 – homologando demissões e resolvendo questões mais simples de disputas de terras e partilhas.
A cremação do Ano Velho
No distrito de Bonfim de Feira, a 34 quilômetros de Feira de Santana, uma festa criada por um agente funerário há 47 anos, se transformou na mais inusitada despedida de Ano Velho do Brasil. Este ano, centenas de pessoas saíram em cortejo pelas ruas, carregando um caixão com um manequim e sambando.
A Capina do Monte de Serra Preta
Os relatos dos moradores de Serra Preta, no sertão baiano, dão conta de que seus ancestrais que viveram mais de 100 anos já participavam da Capina do Monte, festa tradicional, mistura de fé, devoção, alegria, música, dança e comilança. No entanto, ninguém sabe explicar quando e porque a população começou a subir o Monte da Santa Cruz, capinando e cantando por mais de cinco horas. Com a conclusão do trabalho são feitas orações. Em seguida, os participantes descem o morro batendo pedras nas enxadas e entoando cantigas até se encontrarem com a zabumba (fanfarra) e dar início a um carnaval fora de época.