Pita Paiva, o mestre da xilogravura

Sábado era um dia especial para o pequeno Lindomar, penúltimo dos 12 filhos do professor leigo e político Sinobelino Sancho Paiva e de dona Elizabete. Pita, apelido que ganhou por se parecer com o primo Epitácio, não via a hora do pai chegar da feira para saborear duas coisas: o pão doce e os romances, como eram chamados os livretos de cordel na comunidade Laranjeiras, em Uibaí (BA) e pelo sertão afora.

À tardinha, a filharada dos Paiva sentava na calçada e ouvia Laíde, a mais velha das irmãs, ler histórias como “Coco Verde e Melancia”, de José Camelo de Melo Rezende, um clássico da literatura de cordel sobre dois jovens que assumem os apelidos e enfrentam a sociedade que proibia o amor deles.

Os irmãos mais velhos adoravam essa história. Apesar de apreciar cada palavra, Pita Paiva aguardava ansioso a leitura acabar para o livro passar de mão em mão para todos verem as figuras ou lerem algum verso.

E foi entre as demandas de Zé Pretinho e Cego Aderaldo, “A chegada de Lampião no inferno”,

“Quero que você me aqueça neste inverno e que tudo mais vá para o inferno” e “Pavão Misterioso” – romance lendário sobre um rapaz apaixonado e a libertação da amada presa em um sobrado-, que Pita se alfabetizou. Ele não sabia que os cordéis tinham plantado nele a semente da xilogravura e o fariam se transformar em um mestre nesta arte.

A INFÂNCIA

Lindomar entrou na escola com 7 anos, sabendo ler, fazer contas, escrever e desenhar. O avô foi o primeiro professor da família. Ele passou 63 anos ensinando crianças em povoados da região. O pai herdou a profissão e fez dos filhos, alunos. A única a não estudar foi dona Elizabete. Ela resistiu até mesmo aos filhos quando tentaram alfabetizá-la.

Sinobelino, sertanejo rústico e rigoroso, não abria mão de ter consigo durante as aulas, na gaveta da mesa, uma palmatória de âmago de baraúna bem lavrada. Era um tempo em que castigos físicos eram permitidos. Embora nunca as tenha utilizado durante as lições, os filhos sabiam da existência dela e a temiam.

“Meu pai nos chamava e ensinava as contas. Ele dava muito valor à questão da tabuada, as quatro operações. Depois era a vez escrever. Seu Sinobelino e os irmãos dele tinham a caligrafia desenhada igual a de meu avô.  Por gostar muito de ler, também guardava recortes de jornais e livros. Até bem pouco tempo preservei um deles, doado para um fã das histórias do sertão. Era uma publicação sobre a guerra entre os “coronéis” Militão Coelho e Horácio de Matos” – lembra Pita.

A palmatória usada como “incentivo” durante as aulas era colocada em ação para punir a traquinagem dos filhos. E nem o pequeno Lindomar escapou dela, afinal participou de uma “travessura terrível” com dois outros irmãos. As crianças de seis, oito e dez anos foram para o mato buscar lenha e encontraram uma “bola de enxu”, colmeia de vespas pretas, cuja ferroada dolorosa pode produzir vermelhidão e inchaço, além de reações alérgicas graves.

A casa de enxus estava vazia. Os meninos decidiram preencher os favos com urina por causa da coloração parecida com o mel. Ao voltarem para o povoado, um morador pediu os favos e eles deram. O vizinho levou os pedaços à boca e sorveu. Isso causou uma grande confusão. Quando o sujeito foi se queixar com Sinobelino, líder comunitário e dono de uma peque roça, o castigo foi exemplar: as crianças foram levadas para a porta de casa, a fim de mostrar à comunidade que eles seriam punidos.

“Foi uma surra colossal, uma humilhação imensa na frente de todo mundo. Ele batia e contava os bolos. Eu que era o menor, quatro, dois em cada mão. O do meio, seis, e o mais velho, oito palmadas” – conta Pita, hoje com 54 anos.

No início dos anos 1970, o ensino infantil estava dividido em ABC, cartilha, primeiro ano atrasado e primeiro adiantado. O futuro artesão entrou no mais avançado, mas não deu conta do conteúdo por ter pulado as duas etapas iniciais. Foi deslocado para a série que trazia o bullying em sua nomenclatura. E ficou frustrado.

No ano seguinte, o pai foi trabalhar na prefeitura e se mudou com a família para o centro de Uibaí. Dos oito aos 13 anos, foi engraxate no mercadão municipal, vendedor de picolé e fazia entalhes de nomes e paisagens simples em madeira (imburana) para vender na feira.

Ao entrar na adolescência, as divergências entre seu Sinobelino e o filho aumentaram. O jovem de esquerda discordava da visão direitista do pai.

“A gente conseguia a conviver. Quando um filho chegava na adolescência, ele começava a respeitá-lo mais. Meu pai nunca foi de bater, de dar bronca, mas quando criança a gente sofreu um pouco” – relata.

SÃO PAULO

Aos 18 anos, Lindomar ‘Pita” seguiu os passos dos irmãos e foi tentar a sorte em São Paulo, para onde viajaria outras quatro vezes. Na primeira, se instalou em uma pensão no bairro da Lapa e trabalhou na copa da pizzaria do Grupo Sérgio, que chegou a ter cinco filiais na capital do estado e uma em Paris. Os restaurantes eram enormes e uma das filiais tinha lugar para mil pessoas sentadas.

Foram 11 meses de trabalho intenso, de 11 às 23 horas, até ser derrubado por uma forte anemia. Os remédios do tratamento davam muito sono e o jovem baiano voltou para a cidade de origem. A passagem pelo Sudeste só não foi pior porque existia uma feira de arte na Praça da República, antigo Largo dos Curros, no centro. Lá, observando os retratistas, Pita lembrava do tempo em que desenhava rostos de pessoas nos cadernos e nas calçadas de Uibaí.

O xilógrafo e a obra "Imigrantes". Reprodução
O xilógrafo e a obra “Imigrantes”. Reprodução

Seus primeiros desenhos, expostos na praça de Uibaí alguns meses depois do retorno, foram retratos de artistas e personagens históricos. Milton Nascimento, Che Guevara, Raul Seixas, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia eram seus modelos. O mais chamativo era o do ‘rei’ Roberto Carlos com três idades diferentes: jovem, como estava na época e com 85 anos.

Ao retornar de São Paulo, o jovem baiano retomou outra paixão: o teatro. A experiência iniciada no segundo grau, quando era um rapaz tímido e sentava no fundo da sala de aula para evitar ser chamado pelo professor à lousa, se consolidou no grupo Teatro Vida, que abordava temáticas sociais.

Em 1995, o futuro mestre se mudou para Salvador para cursar pedagogia na Universidade Federal da Bahia (Ufba). Ficou na capital, morando na Casa do Estudante, no bairro da Graça, até o ano 2000. Em novo retorno para a cidade natal foi trabalhar na ONG Centro de Assessoria de Assuruá (CAA -Bahia), voltada para atividades ligadas à cultura e à arte.

Sabendo do interesse do funcionário pelo teatro, a organização não governamental o enviou para o Rio de Janeiro, em 2002, para fazer um curso com o diretor e dramaturgo Augusto Boal, diretor do Centro de Teatro do Oprimido (CTO).

Os novos conhecimentos foram fundamentais para a montagem de dezenas de peças no Grêmio Cultural Voz do Povo. Antes da   de covid-19, Pita aplicava oficinas para os estudantes da Uibaí, de dois em dois meses. Pós graduado em língua portuguesa, também obteve o cargo de professor municipal, com carga horária semanal de 20 horas.

Há 10 anos, convidado pela prefeitura para fazer um logotipo para as fardas escolares de três mil estudantes, Pita Paiva teve de responder diversas vezes se a técnica utilizada era a xilogravura. Isso o levou a pesquisar sobre o tema:

“Eu me deparei novamente com aquelas imagens em cordéis que eu achava tão bonitas. Eu não sabia nem o nome da técnica. Não tinha nenhuma referência sobre xilogravura. Só passei a ter contato a partir da imagem feita para as fardas: um menino e uma menina felizes, escrevendo juntos. Durante a pesquisa retornou tudo aquilo da infância. Veio toda essa carga emotiva e não consegui mais parar” – revela.

A XILOGRAVURA

Lindomar Paiva, conhecido como Mestre Pita, sempre teve facilidade para desenhar. Outra habilidade era o entalhe. Ele já tinha produzido uma série de nomes gravados em madeira e uma réplica da Santa Ceia antes de se lançar de cabeça na nova arte. De xilogravura, no entanto, pouco sabia.

As poucas informações sobre o tema, segundo ele, estavam relacionadas à falta de conhecimento sobre a técnica. Para se ter uma ideia, o território de Irecê é formado por 21 municípios. Atualmente são cerca de 400 mil habitantes e um único xilógrafo: o artesão uibaense.

Embora a xilogravura tenha sido utilizada na mesma época na China, no Japão, na Índia, na Pérsia e na América Pré-colombiana, a versão mais difundida é que ela foi criada pelos chineses no século VI (6) e firmou-se no ocidente no século XVIII (18). Trazida para o Brasil pelos portugueses, aqui se desenvolveu graças à literatura de cordel.

Processo de impressão. Foto: Instagram do artista
Processo de impressão. Reprodução

Pita explica que o processo de impressão começa com um desenho e com o ato de esculpir a madeira para a imagem entalhada ser impressa em pano ou papel ao contrário, como se fosse um espelho. Para ele, o maior desafio é encontrar um contraste interessante em preto e branco

“Eu não sei como consegui no início. Parece que minha prática com o desenho possibilitou afinar essa visão. Na verdade, fui fazendo as peças e até hoje estou aprendendo. Um ato simples traz uma série de possibilidades. A introdução de cores, por exemplo. Você faz uma interferência de cor e continua a ser xilogravura, sem desvirtuar o traço dela” – explica o artista autodidata.

Pergunto se a utilização de cores causa críticas, pois originalmente as imagens dos cordéis eram em preto e branco. O xilógrafo responde “provavelmente sim”. Ele se baseia em um cliente, professor universitário.

“Ele gosta muito dos meus trabalhos, mas nunca elogiou ou adquiriu uma xilogravura com cores. Diz sempre gostar mais dos trabalhos em preto e o branco. Conversei com ele e expliquei que minha geração tem expandido a xilogravura sobretudo como objeto de arte. Faço ilustrações para capas de cordéis e livros, mas hoje as pessoas compram para expor as obras em suas casas e as que mais agradam são coloridas. Grandes mestres como Ciro Fernandes e J. Borges sempre introduziram cores nas suas xilogravuras” – justifica.

De forma intuitiva e contando com a ajuda da esposa Nora Nei, criadora de mandalas, Mestre Pita descobriu quais cores mais se destacam: vermelho, laranja e amarelo ouro. Os tons pastéis não combinam.

SUCESSO

As obras do xilógrafo baiano estão ganhando tanta projeção que Pita cogita parar de lecionar. A princípio, planeja pedir afastamento de dois anos da escola para se dedicar exclusivamente à arte. Seus trabalhos já foram vendidos para Portugal, Itália, Estados Unidos, Inglaterra, França e diversos estados brasileiros, devido à divulgação nas redes sociais.

A peça campeã de encomendas é “A moça lendo na rede” (veja aqui). Em um dos grupos do Facebook, uma comunidade de 175 mil pessoas, o artista foi questionado como uma garota conseguiria ler à noite. Ele respondeu o luar no sertão é tão claro que é capaz de uma pessoa achar uma agulha no palheiro. Além disso, tinha a seu favor a licença poética.

Já “Moça lendo na janela” está esgotada e terá nova tiragem em breve. O artista mostra o quadro e diz que as obras se valorizam ainda mais após serem emolduradas. Há cerca de um ano, Mestre Pita ainda oferecia as impressões, a matriz e os direitos de uso de imagem. Nesta fase, Meus Sertões encomendou uma obra exclusiva, “Passarim no cajueiro”.

Hoje, as vendas de matrizes são restritas a encomendas exclusivas. O foco principal são as impressões como a deslumbrante “São Francisco dos Passarinhos”, na qual o santo está ambientado no sertão e tem pássaros em torno de si, dentre eles, o cardeal, o beija-flor e o tiê-sangue, símbolo da Mata Atlântica.

De todas peças já feitas, a que lhe deixou feliz foi “A menina com flores do campo”. Após pedir para a filha de 10 anos pegar a matriz, o artesão recorda:

Menina com flores do campo
Menina com flores do campo

“Em uma tarde eu criei, desenhei, entalhei e não parei enquanto não terminei. Quando eu vi pronta, veio o desejo de dar para Aimê, de 10 anos, a mais nova das minhas três filhas. Quando ela viu, se encantou. Pegou a matriz, abraçou e disse: ‘Painho, essa daqui é minha, não é para vender não”.

A obra fez muito sucesso ao ser publicada nas redes digitais. Rapidamente foram feitos 11 pedidos, dois deles da galeria Amarini, de Presidente Prudente (SP). O espaço pertence a uma professora aposentada da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e a proprietária se comprometeu a realizar uma exposição do xilógrafo.

Outra obra feita com muito afeto foi “Contadora de história”, dedicada à Nora Nei. O mestre busca o quadro que fica na sala principal da casa. É uma peça enorme que mostra uma mulher cercada de crianças sentadas debaixo de uma árvore.

O TÍTULO

Em 2017, o Ministério da Cultura criou o titulo de mestre da cultura popular para os griôs, contadores de histórias e artesãos. Milhares de pessoas concorreram. Pita ficou entre os 200 selecionados. Com o prêmio de R$ 10 mil, a Varanda da Xilogravura, instalada na chácara do xilógrafo, foi ampliada e coberta.

A Varanda surgiu a partir das reuniões de amigos que cantavam e recitavam em torno de uma fogueira. Os encontros na casa de Pita, regados a vinho e cerveja. Aos poucos, o local foi decorado com as xilogravuras do artesão e atraíram colegiais, universitários e professores até de outras cidades.  Um dia ele resolveu criar uma exposição permanente

“A parceria com as escolas, o fato de eu ser professor também, de saber a importância da arte dentro da educação, isso ajudou a eu ter essa abertura” – conta.

Dos encontros e primeiras mostras às oficinas no espaço de cinco por nove metros, o espaço cultural foi crescendo e ganhou duas varandinhas interligadas até que se transformou em ponto cultural oficial, incentivado pelo governo do estado com um prêmio de R$ 30 mil reais.

No território de identidades de Irecê, formado por 20 municípios, foi o primeiro local a receber o título e a premiação em março de 2020. Quando eclodiu a pandemia de covid-19, estavam sendo preparadas uma série de atividades, parcerias e cursos.

Além das oficinas nas chácaras também são realizados cursos em escolas e em outros municípios para crianças a partir de 10 anos, adolescentes e adultos. A mais recente foi realizada em São Gabriel, cidade a 36 quilômetros de Uibaí, onde são realizadas anualmente as famosas cantorias – eventos de arte, educação e mediações culturais com três dias de duração. As aulas foram dadas para professores de arte, donas de casa, artistas e estudantes de 10 a 64 anos.

Os cursos têm até 48 horas de duração e a maioria é gratuito. Elas foram importantes na conquista do título de Ponto de Cultura por serem aplicadas de forma voluntária em escolas da região.

“A experiência surgiu porque eu estava me sentindo muito só como xilógrafo. Ainda somos poucos, mas tenho um aluno e uma aluna produzindo trabalhos bonitos. Ela já vai ilustrar um livro. Embora hoje existam livros didáticos falando sobre a xilogravura ainda permanece uma ignorância sobre essa arte aqui no sertão” – diz o xilógrafo.

Pita chama a atenção para o fato de utilizar técnicas aprendidas no Teatro do Oprimido d para ensinar sua arte. A partir da máxima de Augusto Boal – todo mundo nasce está fazendo teatro-, o artista explica que quando a gente cresce desaprende isso, devido às opressões sociais. Então nas oficinas, ele aplica uma dinâmica para desmecanizar os praticantes.

“A gente é muito travado no cotidiano, então as pessoas vão para a oficina de xilogravura e têm medo. Muitas delas, principalmente se for criança ou adolescente, temem o olhar do outro, têm medo de pagar mico. E a gente desenvolve a dinâmica voltada para criar o clima de cooperação grupal. Se a gente não faz isso não funciona bem” – relata.

O xilógrafo detalha o medo do olhar do outro, principalmente na adolescência:

“A gente não quer ir dar um recado pedido pela mãe, levar uma sacola a um determinado lugar, andar do lado do pai e da mãe, tudo é pagar mico. E a gente acaba pagando o grande mico de ser muito menos do que poderia ser. A gente acaba aceitando essa gaiola imposta em nós. Então quando eu tenho essa conversa, vou fazendo desenhos no quadro. Um pé de coco. Mostro que cada um tem o seu pé de coco. Também crio uma série de provocações para libertar os participantes e para eles começarem a produzir com liberdade porque a xilogravura traz essa possibilidade” – relata.

O POETA

Antes de encerrar nossa conversa, Pita Paiva nos conta que a arte sempre esteve presente em sua vida, mesmo quando ocupou os cargos de diretor de escola e coordenador municipal de Educação. Além de desenhar, ele escreve poemas e tem quatro livros publicados, três de poesia e um de contos.

Sobre os contos, ele diz ter ido buscá-los nas narrativas da oralidade das comunidades e dos povoados. Vinte e cinco deles foram reunidos no livro “Um conto de cada canto”, muito utilizado por professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Foram nove meses de pesquisas, com a ajuda da mulher Nora, formada em letras e estudiosa sobre a cultura sertaneja. O livro foi financiado pelo Banco do Nordeste e ilustrado pelo mestre antes de ele se dedicar à xilogravura.

Nora Nei e Pita Paiva. Reprodução do Zoom.
Nora Nei e Pita Paiva. Reprodução do Zoom.

“A gente circulou conversando com o pessoal mais velho. Muitos já faleceram. O livro foi feito há 12 anos. Algumas histórias sobre meu avô foram contadas por meu pai. A contação de histórias está entranhada na vida da gente” – diz, antes de nos mostrar os desenhos e acrescentar que seus traços já se aproximavam da xilogravura.

Para ler um dos contos clique aqui.

Antes de encerrar as duas horas de conversa, peço para o Mestre deixar uma mensagem. Ele diz que o sentimento pela arte lhe dá uma satisfação pessoal muito grande e manifesta sua preocupação com as dificuldades atuais do país.

“Com o pouco caso feito com a cultura e com a arte, existem poucos empreendimentos para fortalecer o ainda sem projeção. Embora muitos possam se desanimar, acredito haver muitos outros mostrando a viabilidade de se trabalhar com arte. É um campo da economia muito forte e fundamental, principalmente nesses tempos. O meu sonho, no qual estou mergulhado, é de viver da arte. Isso tem se tornado cada vez mais real. Desta forma poderei contribuir com outras pessoas que têm o mesmo objetivo”.

–*–

Os pais de Lindomar ‘Pita’ Paiva faleceram com 90 anos. A mãe morreu há sete meses. Dos 12 filhos do casal, oito – quatro homens e quatro mulheres – estão vivos. A maioria vive em São Paulo. Além da mulher do artesão, Nora Nei, a filha do casal Aimê começa a dar seus passos no universo artístico. Ela herdou o dom de desenhar.

A arte de Pita

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Serviço: O telefone de contato de Pita Paiva é (74) 98828-4590

Exposição do artista Garimpo

Jornalista, editor, professor e consultor, 61 anos. Suas reportagens ganharam prêmios de direitos humanos e de jornalismo investigativo.

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6 respostas

  1. Pita tem uma história de vida dedicada às artes e aos valores humanos. Ele merecia uma história contada tim-tim por tim-tim. Excelente matéria!

  2. Com enorme emoção leio aqui a minha narrativa, tão bem transcrita para este espaço, aumentando ainda mais o respeito e carinho que tenho pelo grande jornalista Paulo Oliveira, que, de forma dedicada e ética passou a minha história para o excelente Meus Sertões! Estou feliz e muito agradecido, Paulo!

    1. Pita desde que vi teus trabalhos pela primeira vez nas redes digitais percebi a tua importância para a cultura sertaneja e pautei uma entrevista contigo, realizada um ano depois por conta da pandemia de covid-19. O tempo só fez crescer a minha admiração e a alegria de tê-lo como amigo. Eu é que agradeço pelos ensinamentos que nossa conversa me trouxe. Abraço forte em ti e em toda a família. Paulo

  3. Bela história meu amigo. Você é merecedor de tudo e muito mais. Nós que tivemos parte da infância juntos sei da sua dedicação, da sua inteligência e capacidade. Parabéns meu amigo. Sucesso pra você e sua família. Grande abraço. Miguel Doçura.

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