Em 2016, a artesã Idelcina Carneiro Oliveira ligou para o site Meus Sertões, após ler uma reportagem, e falou de seu trabalho, artesanato de altíssima qualidade, desenvolvido em Riachão do Jacuípe. Combinamos uma reportagem, que foi feita em 2016. Na verdade, foram duas matérias, uma com ela, outra com o marido Geraldo, um agricultor poeta.De lá para cá eles se transformaram em grandes amigos da equipe do site.
Vida de monge – Série: parte 2
Os sinos do Mosteiro de Jequitibá, em Mundo Novo (BA), começam a tocar às 5 horas, chamando para o Angelus (saudação e prece à Virgem Maria) e o ofício das Vigílias, que deve ser realizado antes do amanhecer. Na caatinga, porém, os pássaros despertam antes dos monges cistercienses e fazem algazarra com os primeiros raios de sol.
O mosteiro de Jequitibá – Série: parte 1
Quais foram os motivos que levaram monges cistercienses a deixar Schlierbach, na Áustria, e construir um mosteiro em um povoado do município de Mundo Novo (BA), localizado a 8.827 km de distância da cidade europeia? O que fez a Ordem mudar a estratégia de construção, que consistia no aproveitamento de terras em vales e áreas encharcadas, prática que a levou dominar a arte de irrigação, para erguer um monastério em um morro ?
O homem dos 400 casamentos
O juiz de paz Renato Costa Rebouças, 89 anos, guarda na memória e em anotações feitas em cadernos a história dos distritos de Paraguaçu e Argoim, em Rafael Jambeiro, onde trabalhou no único cartório da região de 1971 a 1993, realizando casamentos – cerca de 400 – homologando demissões e resolvendo questões mais simples de disputas de terras e partilhas.
Triângulo no céu
O técnico agrícola Edcarlos Araújo de Almeida, que já foi personagem da reportagem “Fiscal da chuva e zelador dos mortos” (https://www.meussertoes.com.br/2019/02/28/fiscal-da-chuva-e-zelador-dos-mortos/), nos envia o resultado do acompanhamento do clima e dos fenômenos astrológicos, realizado este ano em Ichu, cidade do nordeste baiano a 180 km de Salvador.
A história escrita por mulheres
“Em 1932 não pingou nenhuma gota de água (…). Feijão, milho e mandioca não foram plantados. Muitas pessoas faziam promessas, organizavam procissões, marchando descalças, e conduziam as imagens de São José e de Nossa Senhora da Conceição em andores, indo ao local dos tanques semi-vazios (sic). Ali chegando, tiravam as imagens e davam a uma criança, que tocava os pés dos santos no resto da água no fundo do tanque.
(…) A água também passou a ser motivo de brigas. O povo se aglomerava em redor dos poços e cisternas (…). Ao meio-dia, horário de ser aberto o portão pelo encarregado da distribuição da água, já havia uma fila de mais de 50 metros. Nesse momento começava o conflito. Raro era o dia em que a polícia não precisava intervir”.
N. Sra. das Candeias
Minha curiosidade a respeito da Igreja de Nossa Senhora das Candeias, em Candeias, cidade a 50 quilômetros da capital baiana e integrante da Região Metropolitana de Salvador, começou quando o amigo Edcarlos Almeida, de Ichu,(BA) me contou que seu avô tinha a imagem de um Menino Jesus de quase 100 anos, provavelmente comprada durante uma romaria ao local.
A cremação do Ano Velho
No distrito de Bonfim de Feira, a 34 quilômetros de Feira de Santana, uma festa criada por um agente funerário há 47 anos, se transformou na mais inusitada despedida de Ano Velho do Brasil. Este ano, centenas de pessoas saíram em cortejo pelas ruas, carregando um caixão com um manequim e sambando.