Considerada habitação dos espíritos em algumas culturas, a soleira ganhou significações mais e mais abrangentes a partir, tudo indica, da Antiga Grécia.
O comilão
Muçambê era o nome social de Luiz Evaristo dos Santos. O homem parecia ter uma processadora de peixe na boca tamanha a sua agilidade em soprar as espinhas – quase uma expulsão tamanho o vigor, sem se importar qual o tamanho. Em ação mais parecia um personagem daqueles antigos desenhos animados antigos.
Tradições juninas
Mês de festas em todo Brasil, junho é tempo de alegria em que as cidades se colorem e as danças já viraram festivais.
Aonde o tempo para
Há locais no sertão em que a sensação é de que o tempo para. A fazenda Boa Sorte, no semiárido pernambucano, é um deles. Lá, as criações de animais, a produção de alimentos de subsistência e a manutenção da propriedade são feitas como no passado.
O Véio – Final
A segunda e última parte do programa com Cícero Alves dos Santos, o Véio, revela a faceta de historiador do artesão sergipano, que mantém um museu do sertão e da cidade de Nossa Senhora da Glória. É uma iniciativa fabulosa, digna de elogio e apoio.
O Véio – Parte I
Com estilo singular, o escultor O Véio mora num sítio no interior de Sergipe que transformou em museu a céu aberto. Lá, produz suas figuras abstratas e do cotidiano nordestino a partir da madeira de árvores mortas.
ABC do sertão
A quadrilha junina Forró do ABC, a mais antiga em atividade na capital baiana, se inspirou na obra de Graciliano Ramos para disputar os títulos dos campeonatos estadual, regional e nacional deste ano. O primeiro lugar no festival Galinho 2019, realizado pela TV Aratu, no início do mês, aumentou a confiança dos 150 integrantes no enredo “Ser Tão Bom”, livre adaptação do romance “Vidas Secas”.
Toada para a Fábrica Peixe
O poeta e cantador José Cosme de Lima, o Zé Galego, 67 anos, vive hoje em um abrigo para idosos, em Arcoverde (PE). No entanto, só precisa de milésimos de segundo para reencontrar o passado, que ficou na terra natal, Pesqueira, a 43 quilômetros de distância, e de dois minutos para cantar a toada que fez sobre a fábrica Peixe, motivo de orgulho para os pesqueirenses por um século.
Mestre Assis Calixto
É de coco que não é fruta – é samba – e de pedaço de pau, mulungu, pano, cascas, raízes, e disco de vinil virado em bicho e bonecos que vive Francisco de Assis Calixto Montenegro, o Mestre Assis Calixto, 74 anos. Aliás a música e o artesanato dão sustentação ao Coco Raízes da cidade de Arcoverde, a pouco mais de 250 quilômetros de distância de Recife, capital pernambucana.
Forró no Rudela
No final dos anos 60, Luiz Gonzaga, em excursão pelas pequenas cidades sertanejas, cantava em praça pública patrocinado pelas prefeituras. Um dia fez um show no Rudela*. Naquela noite, o Clube dos Brancos, onde a maior estrela da música nordestina se apresentou, arreganhou suas portas para negros e índios. Todos dançaram, quebrando uma antiga e preconceituosa regra.