Em Itarantim, no centro sul baiano, cuja economia está centrada na pecuária e produção de leite, Gilmar Palmeira, o Palmeirinha, 47 anos, desafia a falta de incentivos e estrutura para o desenvolvimento do artesanato local.
Palmeirinha descobriu o artesanato em 2004, quando resolveu fazer brinquedos e peças para as crianças da comunidade onde mora, no bairro Vasco da Gama. Além de fazer trabalho social, o artesão sobrevive do que produz. Nos melhores meses fatura um salário mínimo.

Em sua oficina, Gilmar Palmeira lamenta que nem a prefeitura nem a maioria dos moradores da cidade valorizem sua arte, feita com a ajuda de furadeira, cortadeira e lixadeira. O acabamento é feito à mão.
Apesar de ter muitas dificuldades, Palmeirinha não desiste de seu objetivo: criar uma oficina de artes para as crianças da comunidade. O material a ser empregado são sobras de madeiras ou móveis usados. Enquanto o sonho não se realiza, o artesão segue produzindo brinquedos e miniaturas e aconselha que ninguém desista do que faz com amor.
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