SOTAQUE DE UM POVO NAS BARRANCAS DO VELHO CHICO
Ser beiradeiro é em dias chuva fria poder comer o meu mingau de milho, ouvir galo cantar de manhã cedo, mesmo que seja no terreiro de alguém, e esquentar o corpo perto do borralho de um fogão de lenha, olhando a brancura do céu.
No romper da madrugada entrar na casa de farinha pra ver homens torrarem massa e mulheres aguardando o fazer da farinha pra depois produzir o beiju na chapa ainda quente. É romper léguas beirando barrancos e ver vaqueiros de pernas forradas de lama, cortar fumo e aparar com a concha da mão, pra pitar cigarro de fumo na palha.
Coisas de Xique-Xique, na Bahia.
Deixe um comentário.