Na aridez dos dias sertânicos
Fica nu e espeta o céu
Deixa suas curvas expostas
A luz solar
Seus galhos dão vivas
Ao pino do dia
Retratando sua beleza anatômica
E não se esquece de brotar
No calor das terras
Dos mandacarus sedentos
E lentamente vai se vestido
Com as cores dos periquitos
Que precisam continuar
A voar por aqui
De repente um broto
Uma flor
Um fruto
Um alimento
Uma semente
Meu pé de imbu
Como tu
Precisa viver
Pra florescer
Nos tabuleiros
Nos campos.