Boi Bumbá

A mais antiga menção ao Bumba Meu Boi, no Brasil, foi feita pelo padre Miguel Lopes Gama, no seu jornal O Carapuceiro, em 1840.

 É um folguedo genuinamente brasileiro. Surgiu nas últimas décadas do século 18 no Nordeste, litoral, engenhos de cana de açúcar e fazendas de gado.

 

Exibia-se inicialmente, na Festa de Reis, em janeiro. Mas nos dias de hoje as apresentações podem ocorrer em qualquer período do ano.

 

O bumba-meu-boi é representado por um grupo de pessoas que arrasta multidão. O principal elemento é o rapaz dançador que fica por baixo da figura do boi, investindo contra quem assiste.

 

Melo Morais Filho diz que o bumba meu boi “é divertimento de gente de pé-rapado”. Mas, nos dias de hoje, a brincadeira se transformou num festival milionário, como o Parintins, no Amazonas, que se assemelha ao desfile das escolas de samba.

 

Pesquisadores afirmam que a festa surgiu durante o ciclo do gado, quando o boi tinha importância econômica e simbólica. Os animais trazidos pelo colonizador português eram cuidados pelos negros escravizados. A lenda do bumba meu boi reflete este contexto social e econômico.

 

Nela é contada a história de um casal de escravos, Francisco e Catirina. Grávida, a mulher começa a ter desejo por língua de boi. Para atendê-la, o marido mata o animal mais bonito de seu senhor. O dono da fazenda, ao tomar conhecimento do caso, convoca curandeiros e pajés para ressuscitar o bicho. O boi retorna à vida e começa a dançar de alegria e investir sobre as pessoas.

 

O bumba meu boi reúne influências africana, europeia e indígena.

 

ANTIGA TRADIÇÃO

P.S 1 – Desde antes do surgimento de Meus Sertões, a médica e pesquisadora de cultura popular Helenita Monte de Hollanda aderiu ao projeto. Este vídeo foi realizado por ela e por seu parceiro de trabalho e de vida, o jornalista Biaggio Talento. Agradecemos aos dois pelo carinho e colaboração. 

P.S 2 – Os vídeos de Helenita são publicados na página Cultura Popular Brasileira, mantida por ela no Facebook.

 

 

Nasceu e cresceu numa típica família brasileira. Potiguar, morando na Bahia há vinte anos, é médica de formação e pesquisadora da cultura popular. Nos últimos 10 anos abandonou a sua especialidade em cardiologia e ultrassonografia vascular para atuar como médica da família na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde passou a recolher histórias e saberes. Nessa jornada publicou cinco livros.”. No final de 2015 passou temporada no Amazonas recolhendo saberes indígenas.

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